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Desmistificando a hipnose clínica

Matéria publicada no Jornal Cruzeiro do Sul em 28/06/2013.
* Miriam Farias

Ter problemas é um bem comum à sociedade. Porém, até o mais corajoso dos indivíduos já experimentou a vontade de se abster de tudo e só por um momento esquecer o que lhe aflige. A boa notícia é que eles conseguiram isso dispondo de um simples recurso, ainda, cercado de tabus: a hipnose. E antes que a imaginação comece a fluir, NÃO, eles não utilizaram palco ou coisa do tipo. Como eles conseguiram então? Simples: pense naquela vez em que diante de uma música se pegou inconsciente daquilo que estava fazendo. Ou quando envolvido com o programa de TV nem sequer viu quem entrou na sala. O fato é que a hipnose ultrapassou os mitos e além de nos auxiliar na fuga de nossos males, está ajudando a medicina em diversos tratamentos.

A hipnose clínica ou hipnoterapia, como é conhecida, é uma prática milenar, e segundo análise publicada na revista American Health Magazine, a recuperação acontece em 93% dos casos, num período de um mês e meio. Enquanto a psicanálise resolve 38% dos casos em cerca de 11 anos e a terapia comportamental 72%, em aproximadamente seis meses. Na medicina ela irá auxiliar os tratamentos de psiquiatria, anestesia e cirurgia, doenças psicossomáticas, ginecologia e obstetrícia, controle de sangramento, tratamento de queimaduras, dermatologia, pediatria (enurese noturna, pesadelos, timidez e inadaptação), controle da dor, controle de vícios. Já na psicologia seu uso abrange males mais comuns, como: tabagismo, emagrecimento, fobias, depressão, ansiedade, problemas sexuais, alcoolismo, problemas de fala, terapia de regressão de idade, dores crônicas, auto-estima e fortalecimento do ego e melhoras na concentração ou memória.

Mas embora já aceita e muito utilizada, mitos ainda cercam essa prática. Um forte exemplo é o pensamento popular de que estar hipnotizado significa estar inconsciente. Na verdade, o transe hipnótico é caracterizado por uma dissociação consciente/inconsciente, onde a consciência está presente para participar no processo de cura. Simplificando, quando a pessoa está hipnotizada ela não perde a sua capacidade de raciocinar, pelo contrário, ela consegue resolver problemas complexos, fazer improvisos e ainda manter uma capacidade crítica sobre o que lhe está sendo sugerido. Gosto sempre de tranquilizar meus pacientes explicando que não há nada a temer, porque a hipnose é um processo completamente seguro quando é usada profissionalmente. O relaxamento que você vai experimentar será agradável e regenerador.

A consulta com hipnoterapia pode ser realizada com psicólogos que tenham especialização em hipnose clínica, e as consultas duram em média de 45 a 50 min e, geralmente é uma vez por semana.

* Miriam Pontes de Farias é Pós Graduada em Hipnose Clínica e Acupuntura, atuando como: hipnóloga, psicóloga, professora, conferencista internacional, palestrante e coordenadora de grupos. Há mais de uma década, presta atendimentos individuais e em grupo no Rio de Janeiro.

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