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Mente Cognitiva e Mente Intuitiva

                                                  

A mente cognitiva é a que recebe nossa primeira e primordial atenção, pois estamos sempre atentos a nossos pensamentos, que são decorrentes dessa mente lógica e que, logicamente, se considera infalível! Ela é lógica, analítica e focada em algo: julgando, comparando, planejando, organizando, liderando, fazendo, e principalmente duvidando. É uma mente ativa, masculina, levando-nos a conclusões sobre nós mesmos que, paradoxalmente, vem do fundo de nosso subconsciente e, por vezes, nos impedem de tomar decisões apropriadas, de agir para nosso próprio benefício e o dos demais a nossa volta. 

A mente intuitiva é a nossa segunda atenção, aquela na qual precisamos nos aprofundar, pois ela é receptiva e consciente: conhecendo profundamente, sendo, imaginando, ouvindo, incluindo, sentindo, aceitando, permitindo e principalmente colaborando. Estamos acostumados a pensar na intuição como um atributo feminino, portanto, a característica dessa mente é ser feminina, mas não devemos entender esta qualidade como algo negativo, mas essencialmente positiva, pois é quando ativamos nossa intuição que podemos notar a essência das pessoas ou mesmo dos objetos, quando podemos nos transformar e adquirir a sensibilidade para compreender o que precisamos, como vai ser feita nossa mutação, como vamos nos curar. É quando podemos entender melhor nossos próprios sonhos noturnos, e até mesmo os diurnos. 

Com a mente intuitiva funcionando, e a mente cognitiva convidada a relaxar, podemos, por exemplo, mover-nos em um ambiente e notar seus pontos de poder, os campos energéticos, podemos “ouvir” o que o ambiente nos fala, recebendo informações e sinais do mesmo. O mesmo acontece em relação à outra pessoa, quando nos permitimos sentir sua energia e receber informações silenciosas sobre ela.

No entanto, a mente cognitiva pode estar presente junto com a mente intuitiva, assim podemos desenvolver uma atenção dupla, completa, ou seja, adicionar a segunda atenção – a da mente intuitiva – à primeira, relaxando a mente cognitiva.

De acordo com Arnold Mindell (The shaman´s body), a primeira atenção é a consciência necessária para conseguir seus objetivos, realizar suas tarefas diárias e ser do jeito que você quer aparecer como sendo. A segunda atenção foca sobre aquilo que você normalmente negligencia, sobre experiências externas e internas, subjetivas e irracionais. A segunda atenção é a chave para o mundo do sonho, do inconsciente e dos movimentos sonambulantes, os acidentes e palavras não intencionais que acontecem o dia inteiro.

Alan Seale (On becoming a 21st century mystic: pathways to intuitive living, p. 21) escreveu: “No seu mais alto nível, a voz intuitiva é aquela parte de você que se une ao grande mistério, que é Amor. É a voz de Deus dentro de nós. A consciência intuitiva se desenvolve lado-a-lado com sua vontade de ir além da mente intelectual, para que você possa conhecer e experimentar as possibilidades infinitas que existem além dos limites da consciência comum”.
 
Arnold Mindell, The shaman´s body, Harper: San Francisco, 1993. Alan Seale, On becoming a 21st century mystic: pathways to intuitive living, Skytop Publishing, 1997. 
Escrito e traduzido por Clarice Novaes Mota
 

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